sábado, 7 de abril de 2012

“...tomou o corpo de Jesus e o depositou num sepulcro novo...”(cf Mateus 27, 59 - 60)

Este fato que parece sem importância se permanecemos na superficialidade, é no fundo um sinal.
Depois de ter seu corpo dilacerado pelos golpes do pecado materializado em flagelos, coroa de espinhos, bofetões, cusparadas e insultos, Jesus morre na cruz e logo após seu corpo é depositado em um sepulcro NOVO, num lugar que a morte nunca havia antes tocado, porque não se coloca vinho novo em odre velho, nem remendo novo em pano velho.
Era o grão de trigo, colocado no seio da terra, que morreu para dar frutos.
Só as rochas foram testemunhas do que houve dentro daquele sepulcro enquanto Jesus estivera lá dentro. O Pai restaurava o corpo do Seu Filho, transformando-o em um corpo glorioso, como no Tabor.
Estava encerrado o sofrimento, Ele cancelou na cruz o documento que nos condenava, rompeu o inferno (cf Precônio Pascal), morreu para nos dar vida nova, para o povo que andava nas trevas brilhou uma grande luz.
Hoje é o dia em quem podemos depositar no sepulcro tudo aquilo que nos causa e leva à morte, para dar lugar à vida, uma vida renovada pela Água e pelo Espírito. Para que o Pai posso tocar e transformar também.
E agora o sepulcro já fora vencido, a morte não obteve vitória, foi derrotada pela Vida.
É um tempo novo inaugurado pelo Senhor, é Kairós um tempo oportuno para o recomeço.
Feliz Páscoa, feliz passagem da morte à vida!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

No Getsêmani...

Hoje contemplamos Jesus no Getsêmani, o monte das oliveiras. Uma noite que nos conduz ao recolhimento ainda que não queiramos...
Isto me faz pensar que Jesus permitiu ser esmagado pelos nossos pecados, para se tornar óleo que cura as nossas feridas, assim como o fruto da oliveira se deixa esmagar para produzir o azeite.
É uma noite silenciosa. Até a natureza se cala para contemplar o céu que se recolhe em atenção ao Filho do Homem que sofre.
O silêncio desta noite é tão profundo e fértil que quase impede que as palavras saiam da nossa boca.
A voz do Senhor quando ora é a única que desfaz o silêncio “Aba! Tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo não se faça o que eu quero, senão o que tu queres.”(cf Marcos 14,36).
Tudo por amor. Um amor Real, pois é a entrega do Rei dos Reis!
Esta noite é a chance que temos de estreitar laços com Jesus. De conhecer sua intimidade e deixa que Ele conheça a nossa. É a noite de fazermos companhia ao Mestre que pede “ficai aqui e vigiai comigo” (cf Mateus 26, 38b).
Ele nos chama, “ficai comigo”, resta-nos responder...
Não é noite de tristeza, mas de silêncio fértil e eficaz.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Se eu louvar...o que acontece?

O louvor sempre foi mostrado na Palavra como um meio e nunca um fim. Ouvindo a música do Gil Monteiro “Se eu louvar”, me ocorreu no coração o que segue abaixo:
Se percorrermos as Escrituras vamos encontrar tantos textos onde o assunto é o louvor, que é de impressionar.
Louvores que derrubam muralhar, que confundem os inimigos, quebram cadeias e libertam dos cativeiros.
Louvores que exaltam a majestade de Deus, como os cânticos de Zacarias e Maria mãe de Jesus, por exemplo, sem falar dos Salmos, entre outros.
Percebemos então que a oração de louvor nunca foi e nem deve ser uma oração de conformismo, da mesma forma que não é uma oração sádica de alguém que agradece pelo sofrimento.
O louvor ao Senhor em meio às provações nos abrem as portas da liberdade e nos dá a oportunidade de tomar o controle da situação outra vez e depositá-la nas mãos de quem poderá resolvê-la, isto é, Deus.
De modo que o aprendemos então, que o louvor é um meio, um caminho que podemos trilhar em paz, mesmo em meio ao sofrimento. É uma oração que cura e coloca Deus no devido lugar.
Assim o problema deixa de ser o centro das atenções, quando tiramos os olhos dele e voltamos o nosso olhar ao Céu em oração.
Como diz sabiamente a canção do Gil Monteiro “Se eu louvar, o inimigo vai fugir, as muralhas irão cair, cadeias se quebrarão...”.
Gosto de música assim, que nos ensina e nos leva para o Alto.
“Tudo o que respira louve ao Senhor!”