Esta promessa
de Jesus acontece entre dois acontecimentos especiais.
No primeiro
deles, o Cristo Ressuscitado visita os seus amigos que ainda se encontram
medrosos, trancados num lugar onde provavelmente servia de abrigo àqueles que
decidiam juntar-se aos seguidores dos ensinamentos de Jesus.
Após
a saudação hebraica שָׁלוֹם, em
português shalom, sopra sobre eles (Jo 20,22), imitando o sopro da criação que
deu vida ao homem (Gênesis 2,7),
enchendo-os do Espírito que dá a vida, para curar de toda morte interior
causada pelo luto sofrido pela morte do Mestre. Para expulsar as trevas da
tristeza que poderia mirrar as forças necessárias para a missão.
Em
seguida, antes de voltar à casa do Pai, Jesus torna a encontrar seus discípulos
e promete enviar do Pai o Espírito Santo, para dar-lhes forças, a fim de que a
mensagem do Evangelho fosse difundida em todo mundo, por isso, após dizer que o
espírito desceria sobre eles, ordenou-lhes “... e sereis minhas testemunhas...”.
Chegando
o dia de Pentecostes (Atos 2), a promessa se realiza finalmente.
O
Espírito desce e confere aos discípulos um ardor diferente, uma força que
impulsiona a buscar o alto e a proclamar a Boa Notícia. Pois foi colocada
dentro deles uma chama, e como toda chama busca sempre o alto, a nossa alma
vive a partir do batismo no Espírito Santo, uma busca incessante de Deus ainda
que inconscientemente.
É
o Espírito Santo que conduz o nosso coração pelos caminhos da retidão. É Ele
quem inspira as ações diante das situações difíceis se O buscarmos.
No
entanto, apesar de poder, esta Força não age sozinha, ou seja, depende da
disposição daquele que a recebe em cultivar acesa esta chama.
A
Força está dentro de nós, como um “chip” implantado, mas que só funciona se for
ativado, e a ativação deste chip é a oração, a disposição consciente de querer
experimentar este agir.
Basta
querer, pedir e deixar-se conduzir, o mais Ele fará.
Oremos:
Espírito de Deus/ Enviai
dos céus/ Um raio de luz/ Um raio de luz/
Vinde, Pai dos pobres/ Daí
aos corações/ Vossos sete dons/ Vossos sete dons.
Consolo que acalma/ Hóspede
da alma/ Doce alívio, vinde/ doce alívio vinde/
No labor descanso/ Na
aflição remanso/ No calor aragem/ No calor aragem.
Enchei luz bendita/ Chama
que crepita/ O íntimo de nós/ O íntimo de nós/
Sem a luz que acode/ Nada o
homem pode/ Nenhum bem há nele/ Nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai/ Ao seco
regai/ Curai o doente/ Curai o doente/
Dobrai o que é duro/ Guiai
no escuro/ O frio aquecei/ O frio aquecei.
Daí à vossa Igreja/ Que
espera e deseja/ Vossos sete dons/ Vossos sete dons/
Daí em prêmio ao forte/ Uma
santa morte/ Alegria eterna/ Alegria eterna.
Amém! Amém!
Fabrício Alves
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