quinta-feira, 2 de agosto de 2007

COMO UM VASO NAS MÃOS DO OLEIRO


O trabalho do oleiro é apresentado pelo próprio Deus, como uma das formas que Ele mesmo usa para formar o Seu povo.
O oleiro, pacientemente junta a argila, molha, amassa. Tem que usar o malho, que é um bastão pesado de madeira que ele usa para bater na argila fazendo com que as pedras ou sujeiras que podem causar imperfeições ao vaso, sejam expelidas daquela massa.
Ele põe a massa no torno e começa a trabalhar moldando o vaso, sempre molhando as mãos para ter facilidade em dar a forma desejada àquela peça.
No entanto se quando ele acaba de moldar, mas o vaso fica com imperfeições, e ou não fica ao seu gosto, ele amassa todo o vaso e começa tudo do zero, molhando a massa, etc.
“ O que é a argila nas mãos do oleiro, assim sois vós nas minhas...” ( cf Jerememias 18, 6).
Nossa vida é uma constante mudança. Passamos por fazes com a infância, a adolescência e a maturidade. Estamos sempre em mudança, pois é um processo natural da vida.
No entanto somos convidados por Deus a depositar em Suas mãos a nossa vida, assim como o barro nas mãos do oleiro.
Ele é o oleiro divino que está sempre apreciando a obra feita com as próprias mãos. Ele está sempre tentando tirar de nós – os vasos- as imperfeições que nos deixam “feios” e tiram de nós as feições de Deus, de quem somos imagem e semelhança.
A tristeza, as mágoas, as desilusões, as decepções, a depressão, são alguns dos exemplos dessas “ pedras” que causam imperfeições na peça. Causam imperfeições na nossa alma, que acabarão sendo expressas na nossa face. Que nos fazem entrar em estado de inércia espiritual. Que nos fazem pessoas feias por dentro, e na verdade nós somos vasos perfeitos, porque fomos feitos pelo mais habilidoso de todos os oleiros.
Se hoje estamos cheios de pedras e imperfeições dentro de nós, e se queremos ser felizes de verdade e voltar a ter os traços de Deus, precisamos deixar que Ele desfaça tudo para começar do zero, assim como faz o oleiro. Pode até doer, mas o resultado final será belo. Não podemos e nem precisamos entrar na forma do mundo, não precisamos ser escravos do mundo ou das pessoas, ou do pecado. Podemos ser livres em Deus, e ser livre é fazer aquilo que precisamos e não aquilo que mandam as pessoas ou os desejos.
O vaso somos nós, a água que o oleiro usa é o Espírito Santo e as mãos que nos moldam são de Deus.
Coloquemos nossa vida nas mãos do Oleiro divino para que Ele refaça a nossa vida e seremos felizes de verdade.
Fabrício Alves

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